Convivendo com a saudade
Sabe aquele dia em que você acorda "deprê"? Pois é, hoje é um desses dias. Eu levantei, fiz meu café, preparei a marmita do Dione, organizei a casa, liguei pra minha mãe, fiz vendas, olhei o edital do concurso novo que saiu e apesar de tudo isso, ele (meu pai) não saiu da minha cabeça nem por um minuto. A minha saudade tem nome, e se chama: João. Meu velho e querido pai me deixou numa tarde de setembro nublada e triste, sem dizer adeus. Confesso que até o dia do falecimento do meu pai, eu via a morte como algo distante, longe da realidade dos meus. E mesmo sabendo que a morte chegaria para todos nós um dia, meu pai parecia estar tão vívido, tão feliz, tão em paz, que até parecia ter o dom da imortalidade. Meu pai não foi a minha primeira perda, mas confesso que foi a perda que mais senti até hoje. É meio louco você deixar de ver aquele que te deu a vida, aquele que sempre cuidou de você, às vezes parece que ele tá viajando, parece que em cada canto da casa eu o vejo, sentado...